Na medida em que a aplicação do reconhecimento facial e de outras tecnologias biométricas na esfera pública cresce, as pessoas estão interessadas em proteger seus dados, privacidade e liberdade, e aproveitando, ao mesmo tempo, o nível de segurança e a fluidez nos processos de identificação fornecidos pela tecnologia de reconhecimento facial.
Entretanto, assim como qualquer tecnologia, é importante considerar seu potencial impacto na privacidade dos usuários. O uso ético dessas ferramentas pode ser atingido pela promoção de transparência e responsabilidade em seu desenvolvimento e aplicação. A chave para a construção de um futuro mais avançado e seguro é a população, em conjunto, encontrar um ponto de equilíbrio entre a evolução tecnológica e a proteção de nossa privacidade.
Apesar das preocupações dentro desse contexto, a maioria das pessoas reconhecem a conveniência e a segurança que podem ser trazidos pela tecnologia de reconhecimento facial. Uma pesquisa do YouGov, em parceria com a CyberLink, descobriu que 54% daqueles que inicialmente se mostrarem relutantes com o uso do reconhecimento facial disseram que, hoje, estariam dispostos a utilizá-lo, desde que a proteção de seus dados pessoais fosse garantida. Bons números de entrevistados também revelaram que gostariam de fazer uso dessa tecnologia para melhorar a segurança de sua residência e ambiente de trabalho, passar menos tempo esperando em filas, e conseguir o que querem de maneira mais rápida e conveniente.
Com a evolução das conversas sobre reconhecimento facial, ganhamos a oportunidade de explorar suas fronteiras e fazer novas descobertas. Veja, abaixo, três princípios a serem seguidos por uma aplicação responsável e ética do reconhecimento facial:
Informar a respeito da atual legislação da biometria
É essencial que líderes de empresas forneçam aos seus clientes passos simples para que se perca o medo de fazer uso da biometria. Felizmente, todas as leis que regem o uso da biometria são similares. Portanto, saber o que deve ser feito, e em qual momento, pode fazer toda a diferença. Qualquer empresa que aplicar essa tecnologia precisa criar e divulgar uma política que detalhe quais tipos de informação serão coletados pela biometria, e como elas serão protegidas e descartadas se não forem mais necessárias, além de explicar os benefícios que podem ser trazidos aos seus usuários.
Disponibilização explícita do consentimento
Enquanto ainda são construídos regulamentos que orientem a implementação do reconhecimento facial, leis de privacidade já existentes fornecem diretrizes a respeito de tópicos como os direitos do indivíduo, quais políticas devem ser postas em prática e o momento de se obter consentimento acerca da coleta de dados. O seguimento dessas diretrizes pode ser simples se esses processos forem elaborados com organização e pontualidade.
Os dados biométricos devem ser seguros e minimizados
A responsabilidade no uso de reconhecimento facial só será realmente conquistada se ele garantir a manutenção da privacidade e das liberdades individuais. Isso pode exigir medidas como controlar o tempo pelo qual as informações coletadas serão retidas, reforçar a encriptação de dados, e promover um controle de acesso mais restrito. Adicionalmente, é importante que a conformidade com os padrões de privacidade sejam checados e analisados, periodicamente, pelas entidades reguladoras.
Em suma, o manuseamento seguro e responsável de dados biométricos será essencial para fazer a população aceitar e confiar na tecnologia de reconhecimento facial. Ao promoverem medidas de segurança, minimizando a coleta de dados e seguirem as diretrizes reguladoras, as instituições que aplicarem essa tecnologia poderão contribuir para um futuro mais responsável e ético para o reconhecimento facial.
Fonte: VentureBeat
Traduzido e adaptado por Lucca Caixeta
29/05/2023
Link da matéria original: https://venturebeat.com/security/3-principles-biometric-vendors-should-embrace-to-promote-trust-in-facial-recognition-technology/
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Postado por lucca em 29 de maio de 2023