Em meio à crescente pressão direcionada a companhias de inteligência artificial a respeito dos conteúdos utilizados no treinamento de seus produtos, a OpenAI afirmou que desenvolver programas como o ChatGPT e o Stable Diffusion seria “impossível” sem o acesso a dados protegidos por direitos autorais. Durante seu treinamento, recursos como os citados acima são associados a uma grande quantidade de informações retiradas da internet, com muitas delas sendo protegidas por direitos autorais.
No mês passado, o The New York Times organizou um processo contra a OpenAI e a Microsoft pelo “uso ilegal” de conteúdos do jornal na criação de seus produtos. Nesta semana, foi revelada a resposta da OpenAI: um texto enviado ao comitê digital e de comunicações da Câmara dos Lordes do Reino Unido, informada primeiramente pelo The Telegraph.
“Visto que, atualmente, os direitos autorais cobrem praticamente qualquer expressão humana – incluindo postagens em blogs e fóruns, códigos de software e documentos governamentais -, seria impossível treinar os modelos de I.A. de última geração sem nenhum material protegido por direitos autorais” – discute a OpenAI.
O texto adicionou que utilizar somente conteúdos fora do escopo dos direitos autorais resultaria em sistemas inadequados: “Reduzir os dados utilizados nos treinamentos para apenas livros e desenhos de domínio público, criados há mais de um século, poderia ser um experimento interessante, mas não daria aos cidadãos de hoje os programas de IA que atendam às suas necessidades.”
O processo do The New York Times seguiu os passos de outras reclamações na Justiça contra a OpenAI em meses anteriores. A empresa completa seu texto afirmando que “legalmente, as leis de direitos autorais não proíbem os treinamentos que praticamos”.
Fonte: The Guardian
Traduzido e adaptado por Lucca Caixeta
08/01/2024
Link da matéria original: https://www.theguardian.com/technology/2024/jan/08/ai-tools-chatgpt-copyrighted-material-openai
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Postado por lucca em 8 de janeiro de 2024