No início desta semana, o Google e o Facebook foram pressionados pela União Europeia para “imediatamente” começar a fornecer legendas que informem quando um conteúdo ou uma imagem for uma criação da inteligência artificial. A medida seria parte de um conjunto de ações de combate a conteúdos de desinformação vindos da Rússia.
Ao mesmo tempo, a UE informou ao Twitter que a empresa sofrerá sanções se não agir de acordo com as novas leis de conteúdo digital que entrará em vigor no dia 25 de agosto deste ano. O Twitter se retirou do código de conduta voluntário proposto pela União Europeia há duas semanas, e pode receber uma multa de até 145 milhões de libras, ou, até mesmo, ser banido pelos países-membros do bloco europeu.
O Facebook também foi estimulado a injetar mais recursos no processo de Fact-Checking direcionado a conteúdos publicados no leste europeu, sobretudo em línguas com poucos falantes, os quais são potenciais alvos de desinformação por parte da Rússia. Além disso, uma vice-presidente da Comissão Europeia acusou o país de estar tentando diminuir o apoio que a opinião pública tem fornecido à Ucrânia, e criticou a atitude do Twitter de combater o código de conduta da UE, a qual chamou de “um erro”.
A União Europeia é amplamente considerada líder na regulação de empresas de tecnologia, e está desenvolvendo um conjunto de leis específicas para a inteligência artificial, que já foram aprovadas por 44 companhias, incluindo o YouTube e o TikTok. O bloco quer que os usuários possam perceber facilmente quando um conteúdo não for produzido por pessoas reais, a partir de indicações como “isto é um robô falando”. O projeto tem como alvo o “lado sombrio” da IA, que tem potencial para falsificar eventos e vozes em apenas alguns segundos.
Fonte: The Guardian
Traduzido e adaptado por Lucca Caixeta
06/06/2023
Link da matéria original: https://www.theguardian.com/technology/2023/jun/05/google-and-facebook-urged-by-eu-to-label-ai-generated-content
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Postado por lucca em 6 de junho de 2023