Devemos investir em segurança após uma invasão de dados?

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dez

Entre setembro e outubro deste ano, as companhias australianas Optus (telecomunicações) e Medibank (saúde privada) sofreram invasões que roubaram dados pessoais de milhares de usuários, reforçando a ameaça da fraude de identidade. Como resultado, informações como nomes, datas de nascimento, endereços, números de telefone e de passaporte e cobranças de assistência médica vêm sendo postadas nos últimos meses.

Em caso de uma preocupação com um possível roubo de informações, investir em uma proteção contra o roubo de identidade é algo necessário, ou um desperdício de dinheiro?

A cibersegurança é oferecida na forma de diversos produtos que podem, por exemplo, procurar dados que se referem ao usuário nas redes sociais ou na Dark Web (conteúdos acessados somente com um navegador especializado, não listados por ferramentas de pesquisa), alertá-lo no momento de uma invasão e informar os passos seguintes, como a substituição de documentos de identidade e o trancamento de contas. A maioria desses produtos também lhe oferece alertas para quando alguém estiver tentando fazer empréstimos ou abrir contas bancárias em seu nome, bloqueando seus arquivos para prevenir esse tipo de atividade.

Entretanto, essa categoria de segurança não impede que você seja hackeado. Seus produtos são programados para encontrar suas informações pessoais que forem roubadas, limitar fraudes em seu nome e cobrir possíveis perdas financeiras.

Se você possui uma empresa, a cibersegurança também fornecerá aconselhamento jurídico e gerenciamento de invasões de privacidade. Muitas grandes empresas a utilizam para cobrir os custos gerados por sofrerem um ataque, mas isso nem sempre é aceitável para seus clientes.

Apesar da possibilidade de você mesmo realizar algumas das atividades oferecidas por esses serviços, você pode preferir a tranquilidade de saber que outros estão fazendo isso de maneira mais sistemática.  Além disso, a não ser que você trabalhe com tecnologia, monitorar a Dark Web provavelmente seria algo extremamente difícil.

O Professor Yang Xiang, da Swinburne University of Technology (Melbourne, Austrália), diz que os softwares são pouco capazes de te proteger contra ciberataques, visto que a maioria deles possui algum nível de envolvimento humano em métodos como a obtenção de detalhes a respeito do login das pessoas.

 

Fonte:  The Guardian

Traduzido e adaptado por Lucca Caixeta

30/11/2022

Link da matéria original: https://bit.ly/3iflniA

Categorias:#Noticia

Postado por lucca em 1 de dezembro de 2022

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